Dia 22 de setembro de 2022 as 20 horas, foi realizada a Reunião de Estudos do Núcleo do Sono de Araçatuba, através da apresentação do tema “Construção do Aparelho Oral de Avanço Mandibular: com ou sem referências craniométricas?”, com a Dra. Denise Fernandes Barbosa, cirurgiã dentista Pós-graduada em Distúrbios do sono (NEURO-SONO/UNIFESP 2009-2013), Titulada em Odontologia na Medicina do Sono (ABSONO/2011), Idealizadora do DIORS-Dispositivo Intra Oral Restaurador do Sono (INPI-2018), Mestre em Biologia Buco-Dental (FOP-UNICAMP/2020) e Doutoranda em Ciências Cirúrgicas (FCM-UNICAMP/desde 2021).
A ideia desta palestra foi para refletirmos sobre as modificações que as forças da terapia com o aparelho oral de avanço mandibular (TAO) provocam na arquitetura craniofacial. A palestrante dividiu seus conhecimentos baseados na Reabilitação Neuro-Oclusal, onde utiliza o plano craniometrico mais próximo do plano oclusal, o plano de Camper, na construção do DIORS – Dispositivo Intra Oral Restaurador do Sono, e pretende mostrar de primeira mão, as modificações que tem observado no plano oclusal em relação à base óssea maxilar após dez anos de terapia. Isto só pôde ser observado com base de comparação. Neste caso, a base de comparação utilizada foi o modelo gnatostático basal e após 10 anos de terapia com o DIORS.
Após a apresentação, tivemos espaço para as perguntas a palestrante por parte dos participantes. O evento foi gratuito e aberto a profissionais de Saúde que atuam ou desejam atuar na área do sono.
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Dia 04 de junho de 2022 as 09 horas, foi realizada Reunião de Estudos do Núcleo do Sono de Araçatuba, através da apresentação do tema “A Técnica Lingual no Tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono”, com o Dr. Jorge Machado Caram, cirurgião dentista, especialista em Ortodontia e capacitado pela ABSono em Odontologia do Sono.
Os aparelhos de avanço, apesar de embasados pela literatura e consagrados pelo uso, possuem reconhecidas limitações. A técnica lingual é uma alternativa que tenta superar essas limitações na forma de dois aparelhos diferenciados em sua forma de ação: a Órtese Lingual e a Órtese Conjugada. Esses aparelhos foram o tema de nosso encontro.
O evento foi realizado no formato On Line, transmitido pela plataforma do ZOOM, gratuito e aberto a profissionais de Saúde que atuam ou desejam atuar na área do sono, tendo a participação de 135 colegas inscritos.
Gratidão ao Dr. Jorge Machado Caram pela excelente apresentação e conteúdo de uma nova técnica e filosofia de tratamento da AOS, nos brindando com sua experiência, conhecimento e dificuldades que é comum nas nossas atividades e terapêuticas.
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A intenção de uma terapia médica é curar ou controlar uma doença. Dessa maneira, o risco do aparecimento de outras, além dos danos causados pela própria patologia, são menores.
Muitos trabalhos na área do Sono comparam modalidades distintas de tratamento. Isso tem como objetivo identificar qual a melhor e/ou oferecer mais de uma opção. Nem sempre o melhor método é aceito pelo doente.
No artigo publicado em março desse ano por pesquisadores japoneses, são analisados alguns benefícios alcançados pelas duas formas terapêuticas mais usadas para o tratamento da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS): o CPAP e o AIO.
Os autores acompanharam por 8 semanas 45 pacientes diagnosticados com SAOS moderada ou grave. Metade recebeu AIO e o restante CPAP. Depois disso, a terapia era trocada: quem recebeu AIO passou a usar o CPAP e vice-versa. A adesão era controlada por sistema próprio dos PAPs e por um dispositivo inserido no AIO. Todos os ítens se mostraram melhores após os dois tipos de tratamento. O AIO foi o preferido pelos participantes, que mostrou ainda melhora na sonolência e noctúria.
Os autores afirmam que o AIO pode ser recomendado como terapia para esse tipo de paciente do estudo (com IAH entre 20 e 40).
Cabe ressaltar, mais uma vez, que em casos graves deve-se recomendar o CPAP, principalmente nos indivíduos que dessaturam muito e/ou têm outras comorbidades importantes. Na ausência de uso adequado, o AIO poderá ser indicado.
A Odontologia do Sono tem crescido exponencialmente, baseada em trabalhos realizados atestando seu sucesso. O estudo continuado é essencial para todos os profissionais da Saúde que atuam nessa área por causa, dentre outras, à interação existente e às novas descobertas relacionadas ao fenótipo individual.
texto publicado no Grupo Odontologia do Sono pelo Dr. Walter da Silva Junior
As imagens trazem modelos diferentes de CPAP e AIO.
Crossover comparison between CPAP and mandibular advancement device with adherence monitor about the effects on endothelial function, blood pressure and symptoms in patients with obstructive sleep apnea.
Esse artigo publicado esse ano, em março de 2019 por pesquisadores japoneses, analisa alguns benefícios alcançados pelas duas formas terapêuticas mais usadas para o tratamento da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS): o CPAP e o AIO.
Os autores acompanharam por 8 semanas 45 pacientes diagnosticados com SAOS moderada ou grave. Metade recebeu AIO e o restante CPAP. Depois disso, a terapia era trocada: quem recebeu AIO passou a usar o CPAP e vice-versa. A adesão era controlada por sistema próprio dos PAPs e por um dispositivo inserido no AIO. Todos os ítens se mostraram melhores após os dois tipos de tratamento. O AIO foi o preferido pelos participantes, que mostrou ainda melhora na sonolência e noctúria. Os autores afirmam que o AIO pode ser recomendado como terapia para esse tipo de paciente do estudo (com IAH entre 20 e 40). Cabe ressaltar, mais uma vez, que em casos graves deve-se recomendar o CPAP, principalmente nos indivíduos que dessaturam muito e/ou têm outras comorbidades importantes. Na ausência de uso adequado, o AIO poderá ser indicado.
A anatomia da boca e do sistema estomatognático é um dos fatores que contribuem para o surgimento da apneia obstrutiva do sono e do ronco. Por isso, a assistência de um profissional da Medicina em conjunto com o da Odontologia do Sono, para diagnosticar e tratar o problema, torna-se essencial. O tratamento de ronco e apneia é capaz de devolver ao paciente uma boa noite de sono e com ela, uma melhor qualidade de vida e a prevenção de doenças cardiovasculares.
O dentista especializado em Odontologia do Sono é o profissional capacitado a indicar o tratamento de ronco e apneia através de aparelhos intraorais. Esses dispositivos se assemelham às placas de bruxismo, são personalizados para cada paciente, flexíveis e confortáveis, e utilizados apenas durante o sono. Diferente de alternativas cirúrgicas ou do CPAP, os aparelhos intraorais melhoram o posicionamento da mandíbula, neutralizando assim, o ronco e a apneia do sono. Estão entre as opções mais modernas no tratamento de ronco e apneia, além de serem uma alternativa indolor e mais confortável para a maioria das pessoas.
Como atuam os Aparelhos Intraorais
Os aparelhos intraorais atuam no avanço mandibular, afastando os tecidos da garganta e aumentando o espaço das vias aéreas. Eles também estabilizam a mandíbula, impedindo que esta se desloque durante a noite, favorecendo a passagem do ar. A alternativa é indicada principalmente nos casos de apneias leves e moderadas. Pacientes com apneia do sono grave, e que não se adaptam ao CPAP, também podem utilizar os aparelhos intraorais. Eficiente desde os primeiros dias de uso, o aparelho intraoral não é sinônimo de cura, pois ao deixar de usá-lo, o paciente notará a volta dos sintomas, incluindo o ronco.
Indicação para o Tratamento de Ronco e Apneia
A indicação dos aparelhos intraorais para o tratamento de ronco e apneia depende da avaliação de um Dentista do Sono. Primeiro, há necessidade do correto diagnóstico. No caso da Apneia do Sono, depende da realização de um exame chamado polissonografia. Após a confirmação, é realizado o exame clínico odontológico para verificar a possibilidade do uso do dispositivo oral. Não havendo limitação, o dentista irá fazer a escolha do tipo do aparelho de acordo com as características de cada paciente.
Realizados todos os ajustes e adaptações iniciais, se faz necessário o acompanhamento periódico, onde será avaliada a necessidade de possíveis novos ajustes no aparelho e sua articulação, até o desaparecimento dos sintomas clínicos e confirmação por uma nova polissonografia de controle, da normalização dos índices de aferição da apneia e do ronco.
Efeitos Colaterais
Além de eficazes e mais confortáveis que outras alternativas ao tratamento de ronco e apneia, os aparelhos intraorais tem raros efeitos colaterais. Esta é, inclusive, uma das grandes vantagens da técnica. Quando existem, os efeitos colaterais podem incluir salivação excessiva, boca seca, desconforto na mordida, pequenas migrações dentárias. Por isso, é fundamental o acompanhamento com o Dentista do Sono na fase de instalação e ajustes das placas e ao longo do uso.
Dúvidas Comuns
Uma dúvida comum é se o uso contínuo das placas poderia causar alterações na abertura da boca. Em geral, esta é uma preocupação de pacientes com uso do aparelho intraoral durante longo prazo. Estudos recentes demonstram que os aparelhos são seguros e não promovem alterações significativas nem na oclusão e nem na ATM dos pacientes. São raros os casos de efeitos indesejáveis. Por isso, a supervisão periódica é fundamental para o acompanhamento e a intervenção profissional.
Os profissionais da VIVAVITA Odontologia & Saúde atuam na Odontologia do Sono no tratamento de adultos e crianças, com uma postura ética, centrada nas evidências científicas que norteiam sua área de atuação, bem como seus limites.
Informações mais detalhadas sobre o assunto você encontra no nosso site http://www.vivavita.com.br
QUALIDADE DO SONO É QUALIDADE DE VIDA!
Texto baseado em artigo do Blog do Dr. Thiago Schwantes – Especialista em Odontologia do Sono.
Matéria escrita por ANTONIO FAGNANI FILHO
ODONTOLOGIA – CRO/SP 28.090 | ARAÇATUBA
para a Revista Saúde de Araçatuba e Birigui – Edição nº 9 – em Outubro de 2017.