A Melatonina é uma indole amina onipresente que desempenha um papel fundamental na regulação do ritmo biológico.
O ritmo circadiano interrompido altera a expressão dos genes Clock e desregula os oncogenes (genes do câncer) que finalmente promovem o desenvolvimento e a progressão do tumor.
Uma evidência que apóia essa percepção é o maior risco de desenvolver neoplasias entre os trabalhadores do turno da noite.
A secreção circadiana do hormônio pineal também sincroniza o sistema imunológico por meio de uma associação recíproca que existe entre o sistema imunológico e a Melatonina. As células imunológicas são capazes de biossíntese de melatonina, além da expressão de seus receptores.
A melatonina induz grandes alterações nas diferentes proporções das células imunes, melhora sua viabilidade e melhora o metabolismo das células imunes no microambiente do tumor.
Esses efeitos podem ser mediados diretamente pelos receptores de Melatonina ou indiretamente através de alterações na liberação hormonal e de citocinas. Além disso, a Melatonina induz apoptose (morte celular programada) nas células tumorais através das vias intrínseca e extrínseca da apoptose, enquanto protege as células imunes.
Em geral, a melatonina tem um profundo impacto no tráfico de células imunes, produção de citocinas e indução de apoptose em células malignas.
Sendo assim, a importância do sono reparador ou, em caso de indicação, o uso de Melatonina e a ressincronização do ciclo do Sono podem ter implicações potenciais no aprimoramento da função imune contra doenças malignas.
Na figura, fica demonstrado a Modulação da apoptose em células tumorais e imunológicas pela Melatonina. Ela induz apoptose nas células tumorais através do aumento das ERO (espécies reativas de oxigênio) e alteração da expressão gênica. Também afeta a resposta imune antitumoral através de sinais de bloqueio que induzem a diferenciação de T-reg.
A sinalização intracelular mediada por exossomos também é alterada pela melatonina. . 📚 DOI: 10.1002/jcp.29036 .